O embrulho

Portas... são tantas as que tenho de abrir e atravessar até chegar ao meu cantinho favorito... a minha casa, o meu lar, o meu porto de abrigo.

Quem diria que atrás de uma dessas portas, uma janela para o outro lado do oceano se abriria?!

Num destes dias, ao chegar do trabalho e repetindo um gesto diário como tantos outros, abri a porta da caixa do correio. Lá de dentro espreitava um aviso postal, solicitando uma visita à Estação dos Correios. Ao lê-lo com atenção, percebi que o remetente era alguém muito querido, muito distante...

No dia seguinte e com grande expectativa, fui buscar o embrulho, uma caixa de cartão cuidadosamente selada, com amor e carinho.

Já em casa, e na companhia do meu mais que tudo, comecei a abri-la com cuidado, pois sabia que de dentro saltaria muita saudade.

Em Novembro do ano passado, estivemos de férias no Brasil, em Porto de Galinhas, onde, para além de todo o conhecimento e experiências adquiridas, fizemos amigos daqueles que são para toda a vida...

Apesar do pouco tempo passado juntos, estas pessoas mudaram para sempre as nossas vidas! E nós, as delas. Tanto que em Setembro do presente ano concretizaram o sonho de conhecer Portugal, tendo para isso contado um pouco com a nossa ajuda.

Este embrulho estava cheio de gratidão, de generosidade, de desejos... e de boas novas. Nossos amigos estão bem de saúde, apesar das saudades!

E a distância entre Brasil e Portugal ficou mais curta... na esperança de, quem sabe, um dia reencontrar estes amigos.

Amigos esses que poderiam bem ter sido os avós que nunca cheguei a conhecer.

E como recordar é viver, aqui ficam algumas das fotos dessas férias maravilhosas:

Manguezal - Muro Alto

Pontal de Maracaípe

Praia dos Carneiros

Parque eco-turístico Cachoeira de Urubu - Primavera

Charlie, o bicho preguiça

Olinda

A maior riqueza do Brasil não são as praias de areia fina ou as ondas de águas mornas; não são as aves ou as frutas, de tão exóticas que são; nem mesmo o sol que teima em brilhar durante quase todo o ano; mas o povo brasileiro, que nos acolhe como verdadeiros irmãos, não de sangue ou de lingua, mas de coração.