sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O parto

Deus do céu... Dizem que o esquecemos mal temos o nosso filho nos braços, mas acreditem, por mais 1000 anos que viva nunca esquecerei aquelas horas de sofrimento.
E eu que pensava que não seria pior que umas cólicas intestinais! Sim, porque segundo a experiência de uma colega minha era disso que se tratava!

Às 39 semanas enchi-me de coragem e liguei à Dra. Isabel. Mediante a ideia de ser assistida  por caras desconhecidas num hospital qualquer, a indução do parto por quem sempre me acompanhou, pareceu-me de longe a melhor solução.
Dizem outras experiências que partos induzidos são os mais sofridos, mas se fosse para decidir hoje, a escolha seria a mesma. Saber que a minha querida Dra. Isabel traria o meu bebé ao mundo era ter a certeza de que tudo correria bem. Não doeu menos por isso, mas fez toda a diferença.
Até porque na parte das dores a culpa foi do anestesista, que só à segunda epidoral me levou às nuvens, já a dilatação estava quase toda feita. Depois veio a expulsão, que estou em crer não haver anestesia para apagar essa dor... E a seguir chorou o Zé, um ser perfeitinho, com um cabelinho muito ralinho e uma pele muito limpinha. E a seguir chorou a mamã, de alegria, de alivio, de o sentir sobre o seu peito.

OBRIGADA Dra. Isabel Reis, por me ter ajudado em momento tão delicado e por ter tomado tão bem conta de nós.
Obrigada a todos quantos fazem do Hospital Garcia de Orta o fantástico hospital que é.
E obrigada ao meu mais que tudo que esteve sempre à minha cabeceira, segurando a minha mão e sofrendo quase tanto como eu.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Olá 2012!

Ainda ontem estava grávida e já o José Francisco tem 1 ano... parece mentira mas é verdade.

Tenho andado tão absorvida nesta minha felicidade que acabei por negligenciar este cantinho que me é tão especial. Agora mais do que nunca digo que os meus dias deveriam ter 72 horas, não 48 e muito menos 24.
Não posso deixar de me penitenciar por não ter vindo aqui mais cedo partilhar convosco alguma daquela que tem sido uma experiência maravilhosa. Afinal, mais de um ano se passou e tanto ficou por contar... Vou tentar resumir: o Zézé já anda, já tem 7 dentes e meio, sabe dizer nã nã como ninguém, é terrivel para comer, dorminhoco que se farta e é muito, muito bem disposto. É lindo de morrer, fofinho que só apetece apertar e esperto até mais não... enfim, não o são todas as crianças do mundo?!

Por estes dias tem passado um anúncio na televisão de uma qualquer empresa credora, em que uma mulher está grávida de gémeos, prestes a explodir, e diz com um ar muito feliz: Estou preparadissima para ser mãe! E por mais vezes que veja este anúncio, não consigo reagir de outra maneira: risos, gargalhadas e "Ai, que estás tão enganadinha..." Nada, mas mesmo nada, nos prepara para a experiência da maternidade, a não ser a própria. E sejamos honestos, se há dias em que tudo nos parece maravilho, há outros em que só nos apetece fugir! Mas fazendo um balanço destes primeiros treze meses, a experiência é tão positiva que é para repetir.
Até porque, coisas como dar de mamar e banho, só custam as 100 primeiras. Já a sopa, passadas as primeiras 1000, começa a custar um bocadinho menos. 

E se o achava antes, agora ainda mais: o tempo passa muito depressa. Olho para o Zézé e já não é um bebé pequenino, mas o Papá em miniatura.
Ele é brinquedos espalhados por tudo quanto é divisória; clementinas, limas e batatas "arrumadas" na máquina de lavar roupa; reportório audio-visual convertido em animação infantil (viva o Panda, a Xana Toc Toc e a Bebé Lili); portas dos armários a abrir e a fechar de cinco em cinco segundos; dentadinhas no queixo que já fazem mossa; beijinhos que não são mais do que lambidelas na cara... Enfim, estou rendidinha, caidinha de todo. E se agora é assim, imagino quando me disser "Mamã gosto muito de ti !".

Se há coisa que a maternidade me ensinou é que nada é certo e nada deve ser dado como adquirido. Por isso despeço-me não prometendo voltar, mas afirmando que tenho muita vontade de o fazer, desejando a todos um FANTÁSTICO 2012.

P.S.: para aqueles que devem estar a pensar que nem dos meus meninos falo, esclareço que os entreguei à guarda da Avó Céu, que neste momento os trata muito melhor do que eu puderia. São só cinco, uma vez que o Sun (que entretanto vim a descobrir ser femea) se juntou à Cher, fez em Dezembro um ano.